domingo, 30 de maio de 2010

Ela quer, mas não quer.

Mais uma reflexão de boteco. Outro dia eu estava conversando com um amigo sobre aquelas mulheres que vivem rodeadas de homens, mas nunca estão efetivamente com alguém.
Alguns desses homens agem como verdadeiros mordomos e correm pra tentar satisfazer qualquer pequeno desejo ou necessidade dela. Outros mandam flores, a levam pra jantar, vivem paparicando. Mas ela simplesmente "não chove, nem molha". Ela não fica com nenhum desses homens. Nunca. Porque será que elas agem assim?
Esse tipo de mulher quer apenas ser paparicada, quer ser o centro das atenções de vários homens, quer ser desejada e paquerada por vários homens ao mesmo tempo.
A partir do momento em que ela decidir se relacionar com alguém, ou seja, a partir do momento em que ela tiver que escolher apenas "um" deles, automaticamente ela teria que romper com todos os outros que a servem. Mas ela não quer perder os privilégios. É bom viver assim, está acostumada com isso.
Por outro lado, homem é bobo mesmo. Gosta de paparicar e correr atrás. Então elas aproveitam.
Vale aquela velha máxima: "quem quer de verdade, demonstra e corre atrás". Quem vive apenas "cozinhando", quer apenas atenção e privilégios.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Quando começa um relacionamento?

Em primeiro lugar, porque é importante saber quando um relacionamento começa? Eu, pessoalmente, não acho que isso seja tão importante. Todavia...
É que, geralmente, após os "rituais" que marcam o início de qualquer situação da vida, incluindo os relacionamentos, as pessoas começam a criar expectativas e passam a esperar comportamentos por parte da outra pessoa. Esperam e exigem fidelidade, cumplicidade, satisfação, prestação de contas etc. Claro que, quando um relacionamento existe de fato, essas expectativas são legítimas, mas também vão depender do tempo e da intensidade dessa relação. Atualmente, nem sempre é fácil se definir "quando" ou "se" algo realmente existe ou existiu. Talvez algo tenha se iniciado pra uma pessoa, mas não pra outra. Isso é bem subjetivo.
Há uns 20 anos atrás, não era comum o que hoje as pessas chamam de "ficar". Não era comum duas pessoas se beijarem na boca, a não ser que fossem namorados. E, assim, muitas vezes um beijo na boca significava o início de um namoro. Esse primeiro beijo era o ritual que marcava o começo daquele relacionamento.
Porque será que muitos dizem que, enquanto a coisa não era séria, parecia que tudo ia bem? E, depois que assumimos aquela situação, tudo desandou?
Porque depois que houve esse "início oficial", expectativas começaram a ser criadas e, consequentemente, cobranças foram geradas. E quando há muita expectativa e cobrança o clima fica pesado.
Agora a situação é mais delicada e chata quando claramente o relacionamento nunca existiu, nunca se iniciou, mas aquele "ser" sem noção acha que, pelo fato de alguém ter sorrido ou piscado pra ele, significa que estão se relacionando. E, então, se acha no direito de esperar algum comportamento da outra parte. Nessa situação, não há muito o que fazer a não ser encaminhar o "ser" pra uma terapia.
No fim das contas, nos dias atuais, pra esclarecer qualquer dúvida sobre quando algo começa ou mesmo termina, nada melhor do que a velha e boa conversa franca e direta. Tá na dúvida? Converse, pergunte, esclareça.

domingo, 16 de maio de 2010

Relacionamentos descartáveis.

Me incomoda tanto a frase "o importante é ser feliz". É tão comum e tão inconsequente a forma como muita gente estufa o peito para gritar essa frase. Ainda mais quando essa idéia se refere a relacionamentos.
Eu sei que quando uma peça de roupa não serve mais o normal é descartá-la. É normal juntar grana para trocar o carro por um melhor, mais espaçoso, mais novo. É normal se aperfeiçoar nos estudos para conquistar uma posição melhor no mercado de trabalho. Tudo isso é normal e natural, são conquistas e estágios que superamos e que nos trazem momentos de felicidade. Trocamos uma fase, um estágio da vida ou um objeto por outro melhor; avançamos, evoluímos.
Mas e quando as pessoas começam a agir assim nos relacionamentos? (Mas, claro, desde que esse relacionamento exista ou tenha chegado a existir) Com um amigo, uma paquera, um namorado ou o próprio marido: a felicidade acabou, então a gente parte pra outra? E justo agir assim com outro ser humano?
É fato que em tudo na vida existem altos e baixos, momentos de rir e momentos de chorar, momentos de vitória e momentos de derrota. É assim que o "jogo da vida" funciona.
Nos relacionamentos, esses altos e baixos são ainda mais evidentes. E naturais. É pra superar esses momentos de "baixos" que os casais devem ser, antes de tudo, amigos, companheiros, cúmplices pra se ajudarem a superar aquele momento difícil. Até porque é ilusão achar que num novo relacionamento os mesmos problemas (ou outros ainda piores) não vão aparecer.
A partir do momento em que o ser humano, num momento de dificuldade, troca de parceiro sob o simples argumento de que "o importante é ser feliz", fica claro que o respeito desapareceu. Ou talvez o respeito nunca tenha realmente existido na vida de quem age desta maneira. Nem respeito, nem ética, nem consideração, nem perseverança.
"O importante é ser feliz" é o argumento dos fracos, dos imaturos, daqueles que não têm a coragem ou a força pra reverter uma situação de dificuldade.
Muitas vezes, se um brinquedo se quebrou, é mais fácil descartá-lo e ir até a loja mais próxima e comprar outro novo que vai durar um certo tempo até também se quebrar. Mas essa opção não deveria existir entre seres humanos. Seres humanos não podem ser descartados ou substituídos assim como se fossem coisas, objetos de prazer.
É bastante improvável que uma felicidade conquistada a qualquer custo pode ser boa ou autêntica. Felicidade sem ética e respeito não pode ser felicidade; é apenas uma ilusão: e bem passageira.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Amizade entre homem e mulher.

Eu acredito que é possível existir amizade entre homem e mulher. Isso é algo relativamente novo em minha vida, mas já posso afirmar com certeza que é sim algo possível. Só há bem pouco tempo eu comecei a ter amizades com mulheres. Hoje tenho algumas poucas, mas grandes amigas.
Mas há algumas condições pra que esse tipo de amizade se torne real. Em primeiro lugar, a sinceridade deve reinar nesse relacionamento. A honestidade também. Não deve existir segundas intenções. Não adianta querer ser amigo daquela gostosa que você tá morrendo de vontade de levar pra cama. Isso não é honesto, a amizade não seria sincera. Se o cara sente atração e desejo pela mulher, que tente ser seu namorado ou amante, mas não amigo.
Também não vale aquela história da mulher bonita que vive rodeada de "amigos", como se fossem seus empregados, e que, a cada necessidade dela, fazem fila pra ajudá-la. Claro que esses amigos idiotas estão na esperança, diga-se de passagem - impossível, de levá-la pra cama num momento de carência ou fraqueza. Obviamente, ela nunca iria pra cama com nenhum desses amigos pra não perder justamente o poder e o encanto que os mantêm aos seus pés. Isso também não é amizade.
É comum, e até engraçado, aquelas mulheres bonitas que têm uma amiga feia e encalhada só pra servir de confidente. É seguro porque a amiga feia não oferece qualquer risco e está sempre pronta pra ouvir. E, ao final, ainda faz elogios e vibra com as conquistas amorosas da amiga bonita. Bem conveniente.
A amizade verdadeira é desinteressada. Não importa o sexo dos envolvidos. Amigos são como irmãos. Ou até mais do que irmãos, pois irmãos simplesmente "acontecem" em nossa vida, mas os amigos a gente escolhe.

terça-feira, 11 de maio de 2010

A gente se conhece de verdade numa viagem.

Eu acredito que uma das melhores oportunidades pra se conhecer alguém de verdade é numa viagem, especialmente nas viagens de férias. E eu não me refiro apenas a paqueras ou namorados, isso também vale para amigos e familiares.
Quando duas pessoas não vivem sob o mesmo teto e a convivência não é tão intensa, alguns aspectos do comportamento e da personalidade podem ser mascarados, mesmo que involuntariamente. No dia-a-dia, as pessoas geralmente passam algumas horas juntas, mas cada um vai pro seu canto quando estão cansados ou de saco cheio de alguma coisa.
Mas, numa viagem, mesmo que de poucos dias, a convivência é intensa, as pessoas ficam juntas praticamente as 24 horas do dia. Aí não tem como disfarçar a intolerância, as frescuras, a impaciência com atrasos - mesmo que involuntários, a grosseria com o garçom, e outros tipos de comportamentos desagradáveis que surgem numa viagem de alguns dias.
Se, no meio de uma viagem, alguém simplesmente não gostar de alguma coisa ou ficar de saco cheio, nem sempre é possível largar tudo e voltar correndo pra casa. Em alguns casos, a pessoa vai ter que se adaptar àquela situação até o final da viagem e nem sempre ela dá conta do recado. E essa pessoa acaba explodindo, acaba mostrando quem realmente é.
Por isso, numa viagem é possível se iniciar ou se consolidar uma grande amizade ou relacionamento amoroso. Mas também é possível se colocar um fim numa amizade ou num relacionamento. Independentemente do resultado, o legal desse tipo de experiência é que ela nos possibilita descobrir realmente com quem estamos lidando.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mulher que ganha mais que o homem.

Esse é um dos assuntos mais delicados para os homens. Eu arrisco dizer que dez entre dez homens sentem algum tipo de incômodo quando vivem esse tipo de situação. Para a maioria é algo simplesmente inaceitável.
Eu confesso que, apesar do leve incômodo, eu toleraria essa situação. Eu disse que "toleraria" porque eu nunca vivi essa situação. Mas já pensei bastante no assunto.
Claro que esse é o tipo de assunto que envolve muitos detalhes. As circunstâncias podem variar bastante. Depende do tipo de relacionamento, da seriedade empregada, do que se busca. Outra coisa bem importante é o "tamanho" da diferença entre as rendas. Se a diferença for pequena, essa questão pode se tornar irrelevante.
Outro detalhe importante é a postura da mulher que ganha mais do que o homem. Se a relação for mesmo importante pra mulher, ela pode agir com sabedoria e colaborar para que o parceiro não se sinta desconfortável com a situação. É questão de postura mesmo, principalmente por parte da mulher.
A parcela de contribuição do homem talvez esteja ligada à sua satisfação profissional e pessoal. Há profissões e situações que estabelecem um certo teto salarial. Ainda que o cara seja o melhor profissional do mercado, o salário dele vai esbarrar nesse teto, que pode ser menor do que o salário da parceira. Isso não significa que o homem não se sinta realizado profissionalmente. Ele pode estar no auge da carreira, ser o melhor profissional e, ainda assim, ganhar menos que ela. Se o homem estiver nessa situação e for bem resolvido com esse assunto não há maiores problemas.
Por outro lado, se o cara não for bem resolvido profissionalmente, ainda que o seu salário nem seja tão inferior ao da parceira, é bem provável que a sitação fique insustentável. Cedo ou tarde, num momento de crise, esse incômodo viria à tona e abalaria a relação.
Essa é só a opinião de um menino. Talvez as meninas pensem diferente.

Namoro pela internet.

Volta e meia a gente ouve histórias de pessoas que se conheceram pela internet, em sites de relacionamentos ou em redes sociais.
Existem algumas histórias de sucesso, mas eu acho que são minoria. Ainda acho esse tipo de abordagem meio arriscada.
Eu confesso que já andei bisbilhotando por sites de relacionamentos. Mas uma das coisas mais complicadas é que a pessoa interessante sempre mora longe. Se já é difícil manter um relacionamento com alguém que mora na sua cidade, imagine só com alguém que mora em outro estado ou país. É ainda mais complicado. E caro, trabalhoso.
No caso das mulheres, eu já ouvi histórias bem interessantes. É incrível como mulher que se dispõe a conhecer alguém pela internet absolutamente nunca encontra alguém interessante em sua própria cidade. Pra elas, parece que isso é regra. O fato de o cara morar longe parece até afrodisíaco.
Eu, pessoalmente, não consigo conceber a idéia de me corresponder com uma mulher que viva no Cazaquistão, por exemplo (quem nasce no Cazaquistão é o que?). Nesse exato momento, ao tentar pensar numa mulher nascida num país com esse nome, eu só consigo imaginá-la de "barba". E "pêlo no peito". Argh!!! Cazaquistão.
Eu ainda prefiro apostar nos relacionamentos que nascem de forma mais simples, perto da gente, como através de um amigo em comum, um colega de trabalho (apesar de que colegas de trabalho são facas de dois gumes), uma pessoa que frequenta a mesma igreja ou clube etc. Ou até mesmo aquela pessoa que você conheceu num barzinho ou balada, algo inesperado. Mas tudo na sua própria cidade. É mais tranquilo, menos trabalhoso e mais seguro. Tô ficando acomodado.
Putz, não consigo parar de pensar na mulher barbuda que vive no Cazaquistão.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Estamos sozinhos e bem.

Mais uma vez eu vou escrever algo que é resultado de conversas com amigos. E também é resultado do que eu estou passando na minha vida atualmente.
Está cada vez mais comum ver pessoas na faixa dos 30, 40 anos vivendo sozinhas. Já era comum em países como os EUA o jovem sair de casa para fazer faculdade e não voltar mais para a casa dos pais, mas isso não era comum no Brasil até há bem pouco tempo atrás.
Muita gente nessa faixa etária até chegou a se casar, mas o casamento foi desfeito e hoje essas pessoas simplesmente optaram por viver sozinhas. Obviamente, não significa que essas pessoas se sintam solitárias. Apenas se adaptaram a esse estilo de vida. E isso tem sido mais comum ainda entre as mulheres, que a cada dia mais conquistam o seu espaço no mercado de trabalho e sua independência e autonomia, sem precisar depender de um homem outrora visto como mantenedor ou parceiro, papel que era ocupado pelo marido ou namorado.
Isso me deixava intrigado e eu passei a perguntar a alguns amigos porque viviam assim. As respostas foram parecidas e acabam se encaixando com o que eu sinto em relação à minha vida.
Quando alguém chega nessa idade e já atingiu uma certa independência e autonomia profissional, financeira, emocional e, por qualquer circunstância, nesse momento essa pessoa não está em um relacionamento, as chances de se entrar num novo relacionamento começam a diminuir drasticamente. Geralmente, alguém com esse perfil já se tornou bem mais exigente e seletivo do que quando era dez anos mais jovem. Com a experiência de vida, essa pessoa tem muito mais condições de se policiar e não se permitir entrar numa "roubada".
Imagine alguém, homem ou mulher, nos seus trinta e poucos anos, que já tem o seu apartamento, o seu carro, dinheiro pra se vestir bem, pra sair e viajar. Alguém acha que essa pessoa vai se dispor a entrar num relacionamento no qual esse "padrão" não possa ser ao menos mantido? Ninguém quer sair da sua zona de conforto. Não existe carência afetiva que leve alguém a trocar todas essas "conquistas" pessoais apenas pra estar com alguém. Não vale a pena o risco.
Tem mais um detalhe interessante: nos momentos de solidão, as pessoas que vivem sozinhas podem recorrer a internet, TV a cabo, podem se reunir pra cozinhar e beber com os amigos. Quer dizer, só fica sozinho se quiser.
Por isso, atualmente, muita gente hesita em se relacionar. Ninguém quer se arriscar. É mais seguro e tranquilo ficar quietinho em casa e sozinho. Até porque há muitas histórias de gente que se arriscou e se deu mal.
Coisas desse mundo moderno.

Você gosta da "idéia" de estar com alguém ou você gosta desse "alguém"?

Uma vez uma amiga me perguntou se eu curtia a "idéia" de estar com alguém ou curtia, de fato, esse "alguém". Tem diferença. Sim, relacionamentos são complicados.
Muitas vezes, quem aprecia a simples idéia de estar com alguém o faz muito mais pelo medo de ficar sozinho, do que por aquilo que sente por aquela pessoa. Às vezes os valores e as intenções não estão bem claros e definidos.
Mas também é possível encarar a questão de uma maneira mais simples e otimista. Quem decide se relacionar com outra pessoa, num namoro ou amizade, se predispõe a estar com alguém, se dispõe a não mais caminhar sozinho. Obviamente, já pode se dizer que essa pessoa já "curte" essa idéia. Esse é o primeiro passo.
No caso de um relacionamento amoroso, por exemplo, o segundo passo, depois de simplesmente se apreciar a "idéia" de estar com alguém, é começar a gostar desse "alguém", se apaixonar por essa pessoa e, finalmente, aprender a amar essa pessoa.
Por isso, é importante se policiar e discernir o que está sentindo. Se for apenas medo ou receio de ficar sozinho, caia fora desse relacionamento e vá tentar "curtir essa idéia" com outra pessoa.
Por outro lado, se, além de curtir a idéia de estar com alguém, você também curte esse alguém de verdade, vá correndo comprar as alianças e seja feliz!!!

A grama do vizinho é mais verde?

Traduzindo um post que a Stella, uma amiga canadense, colocou no facebook:
"A grama não é mais verde no quintal do vizinho; ela é mais verde onde você a regar".

Homem chegando aos 40.

Uma vez eu ouvi o Nelson Mota dizer que todo homem, quando completa 18 anos, deveria namorar uma mulher de 40 por um mês para aprender a viver.
Mas e quando o homem chega aos 40, o que ele deveria fazer? Namorar uma mulher de 18 para reaprender a viver?

A gente pensa, mas não tem coragem de falar.

Certa vez eu estava compartilhando algumas "idéias absurdas" com uma pessoa próxima a quem eu sempre respeitei muito, e com quem eu sempre conversei bastante desde pequeno. Eu falava, questionava, refletia, fazia suposições etc. E ela tinha o costume de me ouvir quieta, mas sempre prestando muita atenção. Não costumava opinar.
Nesse dia, pra minha surpresa, ela começou a chorar. Eu estranhei aquela reação, e ela me disse: "eu tenho as mesmas dúvidas, os mesmos conflitos, os mesmos medos que vc, mas nunca tive coragem de falar".
Eu acho que a grande maioria dos seres humanos sente e pensa da mesma maneira. Com seus medos, suas dúvidas, seus conflitos. Mas poucos se arriscam a falar, a compartilhar. Talvez por medo de não serem compreendidos ou aceitos. Mas esses sentimentos, pensamentos e medos estão lá guardados, e isso ninguém pode negar.

A gente age por conveniência.

"A gente só vê, ouve e aceita o que a gente quer. E do jeito que a gente quer".
Jogo de cintura? Mecanismo de defesa? Diplomacia? Fuga? Não importa. É fato.
As pessoas agem por conveniência. Simplesmente fecham os olhos pra aquilo que não querem enxergar ou aceitar. Ou chegam até a enxergar algo que não existe. Idealizam situações e pessoas. Mas nada que passe perto da realidade.
Às vezes, passado um tempo, enxergamos alguém de forma diferente. Imaginamos que aquela pessoa mudou, evoluiu, está diferente, mais bonita, mais amável ou mais inteligente.
A gente custa a admitir mas, na maioria das vezes, a mudança ocorreu em nós mesmos. Nós é que mudamos, crescemos, amadurecemos. E passamos a ver o mundo e as pessoas de uma outra forma. Muitas vezes, mais otimista. Graças a Deus.

Mulheres e os "curva de rio".

Estamos de saco cheio de ouvir mulher dizendo que homem não presta, reclamando que só atrai "curva de rio", homem que só quer saber de curtir, que não sabe o que quer. Já deu. E não são só as mulheres bobas ou inexperientes que dizem isso.
Mas, então, quem são essas mulheres? 
A semelhança já começa na situação pessoal de cada uma delas. Muitas estão próximas dos trinta anos, têm curso superior, trabalham, são bonitas, atraentes, se dizem exigentes e seletivas. Mas não conseguem se firmar nos relacionamentos.
Eu fiquei extremamente incomodado com as coisas que já ouvi e comecei a refletir sobre o porquê disso acontecer. E eu me arrisco a dar a minha humilde opinião: imaturidade emocional. Isso mesmo. Doeu, né?!?
Enquanto essas mulheres já atingiram a maturidade na área profissional, financeira, nos relacionamentos familiares e com os amigos - algumas se dizem realizadas inclusive espiritualmente -, infelizmente na vida amorosa e nos relacionamentos elas ainda não alcançaram essa maturidade.
O que acontece com essas mulheres é bem típico. Quando elas conhecem um cara tranquilo e estável, elas o acham sem graça. Perdem o interesse rapidamente.
Então do que elas precisam? Emoção, adrenalina, aventura... Na realidade, precisam de um pouco de insegurança. Pois é. É disso que precisam, e é isso que acabam atraindo.
Elas precisam daquele cara imprevisível. Afinal, que graça tem o cara previsível, que sempre liga no dia seguinte, que manda mensagens no celular, que manda flores, que fala dos seus sentimentos? Acaba parecendo até meio brega, o chamam de grudento.
Elas preferem aquele cara que talvez ligue uma vez; depois some por alguns dias, semanas. Volta a ligar. Depois de uma ou duas semanas, a chama pra sair novamente. Tudo sem a menor segurança ou compromisso. Sabe aquela sensação de dúvida: “será que ele tem outra?”; “será que ele tá saindo com mais alguém?”; “será que ele quer mesmo compromisso?”; “será que ele está mesmo interessado por mim?”. Como se não fosse óbvio que o cara quer apenas curtir. E bem eventualmente, diga-se de passagem.
Engraçado que, no final das contas, todas querem a mesma coisa: paz, tranquilidade, carinho, aconchego, boa companhia, atenção, cumplicidade. Mas, na hora “H”, a coisa desanda e, quando percebem, já estão envolvidas novamente com quem? Mais um “curva de rio”. E a históia se repete.

(Obs: é na "curva do rio" onde o lixo se acumula; por isso alguns utilizam a expressão para se referir a pessoas de caráter duvidoso)