Ontem foi o Dia dos Namorados e eu me lembrei de uma situação que me aconteceu há exatos dois anos atrás.
Acho que era uma sexta-feira e eu fui pegar os meus filhos na escola pois eles iriam passar aquele final de semana comigo. Eram quase seis horas da tarde e, assim que as crianças entraram no carro, disseram que estavam com muita fome e queriam jantar em um determinado restaurante da cidade. Concordei e fui direto pra casa dar um banho neles pra que pudéssemos sair pra jantar.
Chegamos meio cedo ao restaurante, por volta das sete da noite, e o restaurante ainda estava vazio. Havia apenas mais uma mesa ocupada. Fazia menos de uma ano que eu havia me separado e eu ainda tentava me acostumar com os olhares indiscretos toda vez que eu estava em público sozinho e com duas crianças.
Naquela época, eu andava bem desanimado, saía pouco de casa e não queria ouvir falar de relacionamento, namoro, casamento etc.
Pois bem, perto das oito horas, estávamos lá jantando alegres e descontraídos quando começou a chegar uma multidão de casais pra jantar. Todo mundo com um sorriso nos lábios e aquela "cara de feliz". Algumas moças já chegaram com flores nas mãos. Outras receberam flores no meio do jantar. Eu só não perdi a fome porque eu já estava terminando de comer. Ainda assim, o estômago ficou embrulhado. Estava me sentindo um extra-terrestre que acabou de pousar no planeta errado.
Mas o auge do jantar foi quando três músicos entraram no restaurante, se aproximaram de uma mesa e começaram a tocar. De todo o coração, fiquei com vontade de quebrar aquele violino na cabeça do cidadão.
Pedi a conta, paguei, e, quando eu já me levantava da mesa, ainda tive a impressionante visão do cara se ajoelhando para pedir a mão da moça. No meio do restaurante. Em pleno Dia dos Namorados. Muitos aplaudiram. Era só o que me faltava. Fui embora na dúvida se os aplausos eram pros pombinhos ou porque eu estava saindo daquele lugar.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
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