quinta-feira, 24 de junho de 2010

Qual é a sua praia?

Às vezes nós não entendemos porque não chamamos a atenção de algumas pessoas. Eu estou me referindo ao sexo oposto mesmo. Algumas pessoas simplesmente não notam a nossa existência. Porque será que isso acontece?
Em todas as áreas da vida é quase impossível se alcançar a unanimidade. Isso também vale para os relacionamentos e amizades. Ninguém consegue agradar a todos. Se você já descobriu que agrada os gregos, esqueça os troianos.
Alguns gostam de pepsi, enquanto outros gostam de coca-cola. Uns preferem o mar, outros preferem as montanhas. Alguns preferem a cidade, outros preferem o campo. Isso é natural do ser humano.
Mas como podemos nos preparar pra enfrentar essas situações? Como devemos agir? Como podemos evitar frustrações?
Devemos descobrir qual é a nossa praia! Devemos nos posicionar: saber quem somos, o que queremos e onde pretendemos chegar. E principalmente: "com quem" queremos estar.
Um exemplo interessante de falta de posicionamento são aquelas menininhas calmas, tranquilas, estudiosas, praticamente umas nerds, que vão a uma boate numa sexta à noite pra tentar conhecer um cara legal - o príncipe do cavalo branco.
Façam-me o favor!!! Será que elas realmente acham que o príncipe encantado vai estacionar seu cavalo branco em frente à boate e vai entrar lá pra encontrá-la??? Pior: será que em algum momento elas pararam pra pensar que a possibilidade de encontrar um príncipe num cavalo branco em uma boate é quase inexistente? Boate começa funcionar às 23h e eu ouvi dizer que príncipes dormem cedo.
Em regra, quem vai a uma boate, vai pra festar e não pra arrumar um namorado. Isso é fato. Claro que há exceções, mas essa é a regra.
Quando era pré-adolescente, eu tinha um amigo que era super engraçado, um comediante nato, e eu invejava o modo como ele chamava a atenção das meninas com as suas gracinhas. Eu tentava ser engraçado como ele, mas não conseguia. E acabava pagando mico. Com o tempo eu percebi que esse cara não era muito esperto ou inteligente, e que as meninas que achavam graça nele tinham um perfil bem parecido. Ou seja, o público que ele atraía com as suas gracinhas era fascinado apenas por gracinhas. Nada mais. Eu percebi que não havia muita vantagem em fazer sucesso com esse público. Com o tempo, eu fui descobrindo qual era a minha tribo ou qual era a minha praia. Quer dizer, com o tempo eu fui descobrindo com quem eu tinha afinidade.
As pessoas precisam se conhecer e, a partir daí, se posicionar. Por exemplo, se o cara é extremamente conservador e religioso, ele deve ir à igreja pra tentar arrumar uma namorada. Se a menina não quer correr o risco de se casar com um alcóolatra, ela deve passar longe de botecos. Se você não gosta de cigarro, nem dê conversa a um fumante. Se a sua praia favorita é Ipanema, o que você vai cheirar no Piscinão de Ramos??? Caso contrário, cedo ou tarde, você vai se incomodar. E não adianta vir com aquela conversinha mole de que com o tempo ele ou ela melhoram. Geralmente, a tendência é as pessoas se acomodarem e piorarem. Não se iluda!
Por isso, meu conselho é: pare tudo! Se conheça, se organize, se posicione. Faça uma lista de prioriades, pense nas coisas que você gosta e deseja pra sua vida. Faça outra lista com as coisas que você odeia. Agora cruze as listas e pare de entrar em barca furada!!!
Você é responsável pelas suas escolhas. E escolhas trazem consequências. Depois não adianta reclamar.

3 comentários:

  1. Fala, Rogério ! Gostei da texto ! Rápido, direto e preciso !

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  2. Pô, Marcos, legal vc ter gostado. Abraço!

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  3. Muito 10 o texto, concordo 100%.
    Ninguém muda mesmo, não adianta acreditarmos que casaremos com uma pessoa e, como tempo ela mudará. Pode mudar por um tempo mas mais cedo ou mais tarde, retornará ás origens.

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