sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Amar é...

Eu já disse em outro texto que não acho justo - e nem possível - alguém querer definir o que é o amor. Muitos tentam e oferecem as mais diversas explicações e conceitos, mas parece que a dúvida e a polêmica só aumentam. Ao mesmo tempo em que pode se consolidar e amadurecer a ponto de ser simples, o amor não deixa de ser complexo. Olha só o que eu já acabei de afirmar: o amor pode ser simples e complexo ao mesmo tempo. Que contraditório. Por isso, melhor mesmo é não tentar definir o amor.
Por outro lado, acho possível tentar entender algumas "formas" através das quais podemos "amar" alguém. Quando a gente ama, a gente cuida, a gente protege, a gente se preocupa, a gente se entrega e se sacrifica. Mas é um sacrifício bom, que nos dá prazer e satisfação, pois sabemos que estamos fazendo algo bom pra alguém que é especial e importante em nossas vidas.

Outro dia, uma pessoa me disse que amar também é sentir falta, não conseguir ficar longe da pessoa amada. Acho que esses são efeitos de quando se ama, já que ocorre uma espécie de fusão entre duas pessoas que, de certa forma, acabam se tornando uma. Assim, quando metade está longe, a outra metade sente falta, se sente incompleta. É mais ou menos esse o esquema da tradicional "fusão romântica" que estamos acostumados a presenciar, em que duas pessoas se fundem e se completam. Mais tranquilo seria se essas duas pessoas já se encontrassem previamente "completas" e se unissem apenas pra se "complementar", pra somar. Mas o nosso vazio humano e a nossa necessidade de aconchego quase que inviabilizam esse tipo de processo, que fica restrito a uns poucos seres iluminados que já atingiram um grau altíssimo de maturidade e experiência. Um dia eu chego lá.
Mas e aquele fogo incontrolável??? Fogo é paixão, atração e química. Coisas que não têm nada a ver com o amor. São sentimentos bons, mas não são ligados ao amor. As pessoas envelhecem e deixam de ser atraentes. Os hormônios mudam, desaparecem, e a química e a atração diminuem consideravelmente com o tempo. Ainda assim, essas pessoas podem se amar, se respeitar, se cuidar: por causa do amor!
Dois velhinhos podem estar juntos há cinquenta anos, e ainda podem se amar não por causa da paixão, da atração ou da química, mas por causa do cuidado, da proteção, do respeito, da amizade e do aconchego que proporcionam mutuamente.
Por isso, acho que podemos começar a amar bem através do cuidado, da proteção, do respeito, da amizade, do carinho e do aconchego. E no meio do caminho podemos aprender e incrementar esse "amar" com outras formas de fazer bem ao outro.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Oito ou oitenta.

Me aconteceram algumas situações interessantes nos últimos tempos. Conheci muita gente legal. Mas também conheci pessoas não tão legais. Algumas pessoas me chamaram mais a atenção.
Sabe quando a gente conhece alguém em clima de paquera, sai com a pessoa duas ou três vezes, se empolga um pouco no início, mas logo depois percebe que não vai "rolar"?!? Esse tipo de situação é o normal, natural. Afinal, raramente alguém se casa com a primeira pessoa que conheceu. É pra isso que a paquera e o namoro servem: pra se conhecer, pra ver se vai gostar, se tem afinidade. Ou não. A probabilidade de dar certo é bem menor do que a de não dar certo. Na maioria dos casos, não dá certo.
Alguns homens e mulheres passam por esse tipo de experiência de forma tranquila e serena. Se não dá certo, se tornam amigos. Tudo numa boa. E bola pra frente.
Mas há mulheres que agem de forma estranha (talvez alguns homens também ajam de forma estranha - não sei dizer, nunca paquerei um homem). Enquanto há o clima de paquera, elas agem com a maior atenção, carinho e educação. Estão empenhadas na conquista. Pra elas o cara é o "príncipe" que elas sonhavam. Mas, assim que elas percebem que não vai "rolar" (por parte do homem), elas automaticamente começam a enxergar um "sapo". Se afastam de forma grosseira e pouco diplomática. Nunca mais sequer cumprimentam.
Fica um clima mais ou menos assim: ou o cara é legal e é meu; ou ele não é meu e é um lixo. Não há meio termo.
Mas, no fundo, eu acho que isso nem é uma questão de maturidade. É pura falta de educação mesmo. É a minha impressão.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Separado pagando mico

Enquanto eu escrevia o texto Separado, e daí?, eu me lembrei de um mico interessante que eu paguei pouco tempo após ter me separado.
Eu me separei em 2006 e, por quase um ano, eu não saí com absolutamente ninguém na minha cidade. Não me sentia bem, tinha vergonha, nem sabia como fazer ou agir, ou como recomeçar.
Até que um belo dia, já em 2007, um amigo comentou que iria me apresentar a uma moça que também era separada, e que a gente deveria sair pra conversar, se conhecer e se distrair um pouco, sem compromisso. Concordei, entrei em contato com a moça e conversamos umas duas ou três vezes por telefone antes do primeiro encontro.
Não sei se por receio ou medo (ou porque ela já conhecia aquela regra pra não entrar numa roubada), a moça disse que preferia me buscar em casa. Combinamos o dia e o horário. Próximo da hora marcada, ela me ligou dizendo que eu deveria descer pois já estava a caminho do meu prédio.
Enquanto eu me preparava pra descer, os meus filhos me ligaram pra me "dar boa noite". Fiquei com eles no telefone por uns cinco minutos e depois desci.
Chegando no carro da moça, eu a cumprimentei e logo pedi desculpas por ter demorado esses cinco minutos, pois tinha recebido a ligação dos meus filhos. Pro meu espanto, ela virou pra mim e soltou: "o que, você tem filhos?" Sinceramente, nas duas conversas que tivemos pelo telefone eu nem me lembrava se tinha tocado nesse assunto. Respondi que sim, que tinha dois filhos.
Ela então me disse que queria sim conhecer alguém e que essa pessoa até poderia ser separada, assim como ela, mas que não poderia ter filhos. Pediu educadamente que eu descesse e sumiu.
Fiquei uns três meses trancado em casa com a auto estima no fundo do poço e tentando entender o que eu tinha feito de errado.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Separado, e daí?

Outro dia eu li um livro com esse título: "Separado, e daí?". Foi escrito por uma jornalista e ela contava um pouco da história da sua separação. Ela falava das fases, da superação, dos micos, dos preconceitos.
Mas existe um detalhe muito importante quando se trata de separação ou divórcio. A separação de um casal "sem" filhos é totalmente diferente da separação de um casal "com" filhos. Esse detalhe é de total relevância.
Eu tenho amigos sem filhos que se separaram há anos e simplesmente nunca mais precisaram ver ou conversar com o antigo cônjuge. Se o casamento realmente acabou, essa situação facilita bastante o "depois". É bem mais fácil se superar uma separação quando não há filhos envolvidos. Coloca-se um ponto final e pronto. Cada um segue o seu rumo. É como se houvesse menos marcas e cicatrizes para se carregar. Menos lembranças.
Mas, quando há filhos, mesmo que indiretamente, o vínculo ou os contatos com o ex-cônjuge serão comuns e necessários, especialmente enquanto os filhos forem pequenos. Não há como fugir disso. De qualquer forma, o mais importante será a manutenção do respeito, da educação e da civilidade. Especialmente em consideração aos filhos.
Em relação ao "recomeço", numa separação com filhos a situação é mais delicada. A sociedade brasileira ainda é bastante preconceituosa. A esmagadora maioria dos pais espera que seu filho ou filha se casem um dia com alguém que não teve uma "história" anterior. Nas comunidades religiosas, dependendo da interpretação bíblica daquele grupo, o preconceito é ainda maior: privilegia-se a "lei" em detrimento da "graça", e se proíbe o segundo casamento.
O fato de alguém ser separado e ter filhos não o torna melhor nem pior do que ninguém. E o fato de a pessoa ser solteira e não ter uma história anterior não é garantia absolutamente nenhuma de sucesso numa eventual união. Talvez até pela experiência anterior a chance de errar novamente seja menor.
Independentemente das razões ou justificativas, o preconceito existe em relação a pessoas separadas. Mais ainda se forem separadas e com filhos. Isso é fato.
Eu sou separado já há um bom tempo; já vivi e ainda vivo regularmente esse preconceito. No começo, a gente sofre e não entende muito bem algumas atitudes. Mas, com o tempo, a gente se acostuma e aprende a lidar com essas situações.
Como em quase tudo na vida, numa separação também há um lado bom e um lado ruim, há vantagens e desvantages. Nessas situações de preconceito, o melhor é tentar focar no lado bom e nas vantagens de ser novamente solteiro, levantar a cabeça e seguir em frente. Pois a vida tem que continuar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pra não entrar numa roubada (encontros)

Essa dica é unissex, mas pode ser mais útil pras mulheres.

Quando você, por algum motivo, decidir sair com alguém (amigo, colega de trabalho, paquera, tanto faz), mas não tiver muita certeza de que o encontro vai ser agradável, vale a pena tomar algumas precauções:

1- Marque um horário pro encontro terminar. Por exemplo: combine de se encontrar com a pessoa às 20h, mas já deixe avisado que você tem outro compromisso às 22h. Assim, se o esquema estiver mesmo chato, vc não vai ter que suportar a situação por mais de 2 horas. Por outro lado, se o papo estiver fluindo e vc estiver se divertindo, finja que nem viu a hora passar... ou simplesmente diga que desistiu do segundo compromisso. E aproveite!!!

2- Evite que a pessoa te busque em casa e vá com o seu próprio carro. Pois, além de você ter autonomia pra se levantar e ir embora no horário combinado, você ainda tem a possibilidade/facilidade de ir embora ainda mais cedo, se o encontro estiver muuuuuuito chato mesmo.

3- Tente se adiantar e escolha você o local onde será o encontro. Escolha um lugar que você conhece e onde se sinta bem e seguro(a). Já pensou se você sai pela primeira vez com alguém que você conhece pouco e ele(a) te leva a um barzinho pra tomar um caldo de mocotó e ouvir um pagode?!? Ninguém merece.

Obs: para outras dicas mais genéricas, consulte outras dicas.
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ciúmes

Insegurança. Ciúme é pura insegurança. Quem está seguro de si e seguro a respeito de seu parceiro não pode sentir ciúmes. Num relacionamento sadio, seguro e tranquilo não há espaço pra ciúmes.
Pode até existir um certo sentimento de "posse", que é diferente de ciúme. "Posse" pois a outra pessoa é o "seu" companheiro, "seu" parceiro, "seu" cúmplice etc. Esse sentimento de posse, desde que respeitoso e com limites, é até natural.
Em alguns casos o ciúme é tão doentio que se torna uma obsessão. Nesses casos, deve ser encarado (e tratado) como doença, desvio. Caso de psiquiatria mesmo.
Já aquele "ciuminho" que a gente vê no dia-a-dia, exteriorizado através de showzinhos e "pitis", é só insegurança e imaturidade.
Em relação à parcela de imaturidade, não há o que comentar - só amadurecendo mesmo.
Já em relação à insegurança, ela pode surgir dentro da própria pessoa (medos, complexos, baixa auto-estima), ou pode ser causada ou reforçada pela outra parte (comportamentos inadequados).
Se essa insegurança surgir de dentro da própria pessoa, o melhor é buscar ajuda - geralmente através de terapia. A ajuda vai trazer qualidade de vida não apenas no relacionamento, mas em todas as áreas da vida.
Mas se os motivos pra se sentir ciúmes são gerados por comportamentos inadequados do parceiro, o melhor é cair fora do relacionamento, especialmente se ainda estiver na fase do namoro. Ou você acha que a pessoa vai melhorar depois que se casar?
Sabe quando a mocinha diz: "mas eu não consigo confiar nele". Ué, porque? Ele não é confiável? Então caia fora, é simples.
Pior ainda é essa: "se ele não sente ciúmes de mim, é porque não me ama". Pera lá... o que ciúme tem a ver com amor? Demonstrar amor através de ciúmes seria o fim.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Códigos

Eu fiquei uns 12 anos "fora do circuito" somando o tempo de namoro + casamento. De repente, me vi solteiro e de volta à vida real. Caramba! Tudo mudou!!! Os relacionamentos, as paqueras, as abordagens... tudo mudou muito. Às vezes me sinto como se tivesse passado esses 12 anos em outro planeta.
Antigamente era tudo mais simples, mais fácil, mais claro. Ou se queria ou não se queria. Ou se gostava ou não se gostava. Tudo bem transparente.
Hoje é tudo cheio de "códigos". As pessoas dizem uma coisa, ou agem de uma determinada maneira, mas sempre há vários significados diferentes. Aí vem a segunda parte: a interpretação. Na verdade, "as" interpretações. São sempre várias. Um mesmo gesto ou atitude pode significar mil coisas diferentes. Ou ainda pior: algo pode significar uma coisa em um dia, mas pode significar algo totalmente diferente no dia seguinte. É complicado.
Eu simplesmente assumo que não gosto de códigos. Desisti de tentar aprendê-los ou entendê-los. Prefiro a velha técnica do "diálogo", da comunicação direta e eficiente. Tudo muito direto, sincero, objetivo, claro e transparente. Sem joguinhos ou meias-palavras.

terça-feira, 29 de junho de 2010

O que é essa tal de "química"?

Quando eu era pequeno, era bem mais fácil. Química era apenas uma disciplina escolar. É certo que era umas das mais chatas, mas a gente sempre dava um jeito de passar de ano. Mas e agora que a gente cresceu? O que a gente precisa entender de química?
Eu já ouvi dizer que a química nos relacionamentos é algo irracional como a paixão, algo que a ciência não consegue explicar. Talvez a existência da química entre duas pessoas possa ser vista como a chama inicial para o nascimento de uma paixão que, eventualmente, possa evoluir para o amor.
Eu vejo essa química como uma grande mistura. É uma combinação de afinidade, empatia, desejos e objetivos com um "algo mais". E esse "algo mais" seria bem mais racional e científico do que se imagina. Esse "algo mais" seriam substâncias químicas e até sensações físicas. Substâncias químicas que o cérebro produz e outras substâncias, como o cheiro, que o corpo libera quando se está em contato com determinada pessoa. E as sensações físicas estariam ligados ao tato, ao toque da pele. Claro, todas essas substâncias e sensações, químicas ou físicas, são boas e nos dão prazer. Por isso, atualmente, vemos essa química como sendo tão importante nos relacionamentos.
Caramba! Quanta ciência! Esse assunto não deveria ser tão complexo assim. Pra facilitar a nossa vida, o melhor é lembrar apenas que esse assunto é inesgotável. E é besteira querer entender como ou porquê essas "reações" acontecem.
Independentemente do que seja, o melhor é simplificar essa questão da "química" entre duas pessoas assim: Ou a química existe e a gente sente. Ou não existe e a gente não sente. Nesse último caso, paciência e bola pra frente.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Qual é a sua praia?

Às vezes nós não entendemos porque não chamamos a atenção de algumas pessoas. Eu estou me referindo ao sexo oposto mesmo. Algumas pessoas simplesmente não notam a nossa existência. Porque será que isso acontece?
Em todas as áreas da vida é quase impossível se alcançar a unanimidade. Isso também vale para os relacionamentos e amizades. Ninguém consegue agradar a todos. Se você já descobriu que agrada os gregos, esqueça os troianos.
Alguns gostam de pepsi, enquanto outros gostam de coca-cola. Uns preferem o mar, outros preferem as montanhas. Alguns preferem a cidade, outros preferem o campo. Isso é natural do ser humano.
Mas como podemos nos preparar pra enfrentar essas situações? Como devemos agir? Como podemos evitar frustrações?
Devemos descobrir qual é a nossa praia! Devemos nos posicionar: saber quem somos, o que queremos e onde pretendemos chegar. E principalmente: "com quem" queremos estar.
Um exemplo interessante de falta de posicionamento são aquelas menininhas calmas, tranquilas, estudiosas, praticamente umas nerds, que vão a uma boate numa sexta à noite pra tentar conhecer um cara legal - o príncipe do cavalo branco.
Façam-me o favor!!! Será que elas realmente acham que o príncipe encantado vai estacionar seu cavalo branco em frente à boate e vai entrar lá pra encontrá-la??? Pior: será que em algum momento elas pararam pra pensar que a possibilidade de encontrar um príncipe num cavalo branco em uma boate é quase inexistente? Boate começa funcionar às 23h e eu ouvi dizer que príncipes dormem cedo.
Em regra, quem vai a uma boate, vai pra festar e não pra arrumar um namorado. Isso é fato. Claro que há exceções, mas essa é a regra.
Quando era pré-adolescente, eu tinha um amigo que era super engraçado, um comediante nato, e eu invejava o modo como ele chamava a atenção das meninas com as suas gracinhas. Eu tentava ser engraçado como ele, mas não conseguia. E acabava pagando mico. Com o tempo eu percebi que esse cara não era muito esperto ou inteligente, e que as meninas que achavam graça nele tinham um perfil bem parecido. Ou seja, o público que ele atraía com as suas gracinhas era fascinado apenas por gracinhas. Nada mais. Eu percebi que não havia muita vantagem em fazer sucesso com esse público. Com o tempo, eu fui descobrindo qual era a minha tribo ou qual era a minha praia. Quer dizer, com o tempo eu fui descobrindo com quem eu tinha afinidade.
As pessoas precisam se conhecer e, a partir daí, se posicionar. Por exemplo, se o cara é extremamente conservador e religioso, ele deve ir à igreja pra tentar arrumar uma namorada. Se a menina não quer correr o risco de se casar com um alcóolatra, ela deve passar longe de botecos. Se você não gosta de cigarro, nem dê conversa a um fumante. Se a sua praia favorita é Ipanema, o que você vai cheirar no Piscinão de Ramos??? Caso contrário, cedo ou tarde, você vai se incomodar. E não adianta vir com aquela conversinha mole de que com o tempo ele ou ela melhoram. Geralmente, a tendência é as pessoas se acomodarem e piorarem. Não se iluda!
Por isso, meu conselho é: pare tudo! Se conheça, se organize, se posicione. Faça uma lista de prioriades, pense nas coisas que você gosta e deseja pra sua vida. Faça outra lista com as coisas que você odeia. Agora cruze as listas e pare de entrar em barca furada!!!
Você é responsável pelas suas escolhas. E escolhas trazem consequências. Depois não adianta reclamar.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Amor x Sexo

O que o amor tem a ver com sexo? Pra mim, quase nada. Calma: eu disse "quase" nada.
Amor é sentimento, é estado de espírito, é vida.
Sexo é atividade física, fisiológica, reprodutiva, recreativa.

Eu não "faço amor". Amor não se faz; amor se sente, se constrói ou simplesmente se vive. Querer misturar o conceito de amor com o de sexo é sacanagem. É diminuir e limitar o amor, o mais sublime dos sentimentos. Eu nem deveria usar o termo "conceito" em relação ao amor pois acho que não se conceitua o amor. Conceituar também seria limitá-lo.
Também não acho que se deva confundir carinho, atenção e cuidado durante o ato sexual com amor. As pessoas se empolgam e acabam misturando tudo.
O homem pode amar alguém sem fazer sexo com essa pessoa. E pode fazer sexo sem amar. E o sexo, ainda assim, pode ser bom. Mais uma prova de que são coisas distintas e que, via de regra, caminham separadas.
Eu acho "brochante" quando ouço alguém dizer "fazer amor". Desculpe, mas estou sendo sincero. Acho brega. Da mesma forma que eu acho meio frio dizer "transar". Existem termos mais leves. Ou, pensando bem, eu acho que sexo é uma daquelas coisas que devem dispensar rótulos ou denominações. Sexo dispensa palavras. Sexo é sexo. É bom e pronto.
Antes de ser mal interpretado, eu quero ressaltar, todavia, que sexo com quem se ama é ainda melhor do que com uma pessoa qualquer. Claro que isso é relevante. Ainda mais numa relação estável, onde deva existir fidelidade, segurança, cumplicidade. Mas não é isso que está em análise aqui.
Muita coisa é dita, "vendida" ou "comprada" sem pensar. Acho que o termo "fazer amor" é uma delas. As palavras têm poder, valor e significado. Por isso, cuidado.
Ame. Construa o amor, espalhe o amor, viva o amor, viva em amor. E não deixe de fazer sexo.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Tiro no pé.

Outro dia eu ouvi uma "descabeçadinha" soltar a frase: "enquanto o cara certo não aparece, eu vou me ocupando com o cara errado mesmo".
Eu não gosto muito do uso de estrangeirismos, mas não há nada mais bullshit do que essa frase. Não existe conversa mais fiada do que essa.
Fiquei com vontade de perguntar a essa menina: "já pensou se o cara certo passar bem no momento em que você estiver ocupada com o cara errado?".
Pois é, às vezes o bonde passa e a gente nem percebe. Por estar desatento, ou pior: por estar ocupado. Questão de foco.

terça-feira, 8 de junho de 2010

As aparências enganam.

Os dois amigos combinaram de se encontrar num bar pra conversar e se distrair. Um deles estava meio desanimado com a vida e tava precisando jogar conversa fora.

- Você tá vendo aquela mesa com três morenas? A do meio, a mais bonita, tá olhando pra você.
- Acho que não. É muita areia pro meu caminhão.
- Tá sim, preste atenção.
- Ihhh, olhe lá... chegou um cara pra conversar com ela. Mesmo que ela estivesse olhando pra mim, agora já era.
- Ela acabou de despachar o cara.
- Sério? O cara parecia todo estiloso...
- Ela tá olhando pra você novamente. Acabou de sorrir. Se liga!!!
- Não pode ser. Olha o tamanho da morena.
- Linda mesmo. Putz, você demorou. Outro cara encostou na mesa delas pra conversar.
- Viu só?!? Eu disse que não era pra mim.
- Não acredito! Ela acabou de dispensar o segundo cara. Olhou pra cá e sorriu de novo. O que você tá esperando??? Vai lá!
- Tá bom. Não custa arriscar. Mas já vou preparado pra também levar um fora.


Depois de apenas 5 minutos de conversa, o casal sai do bar. O amigo ficou sozinho no bar, surpreso com a rapidez e a eficiência, mas feliz pelo amigo.
Chegando ao carro, antes de entrar, a morena sorriu e disse:

- Se prepare pra ter uma noite inesquecível!
- Eu nem tô acreditando.
- Pois acredite! E vai te custar apenas R$150,00.
- O que??? Isso é um programa?
- Você pode encarar como quiser.
- E porque você dispensou os outros dois caras que foram até a sua mesa?
- Eu já os conhecia e sei que eles são quebrados. Só queriam tomar o meu tempo, que é precioso.
- Caramba! Eu sabia que tinha algo de errado nessa história. Tava bom demais pra ser verdade.

domingo, 6 de junho de 2010

Dicas para o primeiro encontro (o que não se deve fazer)

Tem sempre alguém querendo dar dicas ou conselhos sobre quase tudo. Aqui vão algumas dicas sobre coisas que devem ser evitadas num primeiro encontro (talvez até num segundo ou terceiro encontro). Claro que tudo depende de cada pessoa. Afinal, cada um assume seus riscos. Mas há certos riscos que não precisam ser assumidos logo no começo. Assim, seguem algumas coisas que você NÃO deve fazer no primeiro encontro:

1- Sair pra jantar e escolher macarronada ou sanduíche. (O risco de derrubar molho, sujar a roupa e fazer meleca é imenso. Pra que correr esse risco?)

2- Levar a sua mãe ao primeiro encontro ou fazer com que o primeiro encontro seja um evento em familia, na casa dela. (Por mais legal que a sua mãe possa parecer, não se iluda: sogra vai ser sempre sogra)

3- Levar o irmão. (Vide explicação anterior - cunhado é sempre cunhado)

4- Você deve evitar ir ao cinema no primeiro encontro. No cinema não dá pra conversar. A coisa mais importante a se fazer numa primeira oportunidade juntos é justamente conversar pra se conhecer. Lugares muito barulhentos também devem ser evitados pelo mesmo motivo. (Por isso, o mais aconselhável seria um restaurante, barzinho tranquilo ou até mesmo uma caminhada ou picnic num sábado à tarde - e o picnic ainda dá um toque romântico)

5- Evite falar sobre dinheiro ou bens. (O motivo de vocês estarem saindo não deve ter sido a conta bancária do outro)

6- Num primeiro encontro não é legal falar sobre doenças, mortes, tragédias. À mesa, nunca é legal falar sobre doença, nem no 2o, 3o, 4o encontro... (Se você é hipocondríaca, pelo menos tente fingir que é normal)

7- Não fale sobre o ex. Nunca. (Ex é passado. O passado acabou, não existe mais. Se, porventura, estiver na dúvida se realmente é passado, resolva isso primeiro e só depois marque o encontro)

8- Não faça comparações entre a pessoa com quem está e o ex. Entre outras coisas, é desagradável. (Vide o conselho anterior)

9- Quando sentir vontade de dizer algo ou iniciar determinado assunto, mas não tiver certeza se deve, simplesmente fique inerte. Fique quieta e pense um pouco mais antes de falar. Enquanto estiver na dúvida, não faça nem fale nada. Ou escolha outro assunto. (Eu tenho colhido bons frutos depois que adotei esse esquema da inércia)

Claro que isso tudo é uma brincadeira. Cada um sabe onde o "calo aperta". Mas, se a gente prestar atenção em algumas pequenas atitudes, a gente consegue evitar situações chatas. Com o tempo, outras dicas serão acrescentadas.

domingo, 30 de maio de 2010

Ela quer, mas não quer.

Mais uma reflexão de boteco. Outro dia eu estava conversando com um amigo sobre aquelas mulheres que vivem rodeadas de homens, mas nunca estão efetivamente com alguém.
Alguns desses homens agem como verdadeiros mordomos e correm pra tentar satisfazer qualquer pequeno desejo ou necessidade dela. Outros mandam flores, a levam pra jantar, vivem paparicando. Mas ela simplesmente "não chove, nem molha". Ela não fica com nenhum desses homens. Nunca. Porque será que elas agem assim?
Esse tipo de mulher quer apenas ser paparicada, quer ser o centro das atenções de vários homens, quer ser desejada e paquerada por vários homens ao mesmo tempo.
A partir do momento em que ela decidir se relacionar com alguém, ou seja, a partir do momento em que ela tiver que escolher apenas "um" deles, automaticamente ela teria que romper com todos os outros que a servem. Mas ela não quer perder os privilégios. É bom viver assim, está acostumada com isso.
Por outro lado, homem é bobo mesmo. Gosta de paparicar e correr atrás. Então elas aproveitam.
Vale aquela velha máxima: "quem quer de verdade, demonstra e corre atrás". Quem vive apenas "cozinhando", quer apenas atenção e privilégios.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Quando começa um relacionamento?

Em primeiro lugar, porque é importante saber quando um relacionamento começa? Eu, pessoalmente, não acho que isso seja tão importante. Todavia...
É que, geralmente, após os "rituais" que marcam o início de qualquer situação da vida, incluindo os relacionamentos, as pessoas começam a criar expectativas e passam a esperar comportamentos por parte da outra pessoa. Esperam e exigem fidelidade, cumplicidade, satisfação, prestação de contas etc. Claro que, quando um relacionamento existe de fato, essas expectativas são legítimas, mas também vão depender do tempo e da intensidade dessa relação. Atualmente, nem sempre é fácil se definir "quando" ou "se" algo realmente existe ou existiu. Talvez algo tenha se iniciado pra uma pessoa, mas não pra outra. Isso é bem subjetivo.
Há uns 20 anos atrás, não era comum o que hoje as pessas chamam de "ficar". Não era comum duas pessoas se beijarem na boca, a não ser que fossem namorados. E, assim, muitas vezes um beijo na boca significava o início de um namoro. Esse primeiro beijo era o ritual que marcava o começo daquele relacionamento.
Porque será que muitos dizem que, enquanto a coisa não era séria, parecia que tudo ia bem? E, depois que assumimos aquela situação, tudo desandou?
Porque depois que houve esse "início oficial", expectativas começaram a ser criadas e, consequentemente, cobranças foram geradas. E quando há muita expectativa e cobrança o clima fica pesado.
Agora a situação é mais delicada e chata quando claramente o relacionamento nunca existiu, nunca se iniciou, mas aquele "ser" sem noção acha que, pelo fato de alguém ter sorrido ou piscado pra ele, significa que estão se relacionando. E, então, se acha no direito de esperar algum comportamento da outra parte. Nessa situação, não há muito o que fazer a não ser encaminhar o "ser" pra uma terapia.
No fim das contas, nos dias atuais, pra esclarecer qualquer dúvida sobre quando algo começa ou mesmo termina, nada melhor do que a velha e boa conversa franca e direta. Tá na dúvida? Converse, pergunte, esclareça.

domingo, 16 de maio de 2010

Relacionamentos descartáveis.

Me incomoda tanto a frase "o importante é ser feliz". É tão comum e tão inconsequente a forma como muita gente estufa o peito para gritar essa frase. Ainda mais quando essa idéia se refere a relacionamentos.
Eu sei que quando uma peça de roupa não serve mais o normal é descartá-la. É normal juntar grana para trocar o carro por um melhor, mais espaçoso, mais novo. É normal se aperfeiçoar nos estudos para conquistar uma posição melhor no mercado de trabalho. Tudo isso é normal e natural, são conquistas e estágios que superamos e que nos trazem momentos de felicidade. Trocamos uma fase, um estágio da vida ou um objeto por outro melhor; avançamos, evoluímos.
Mas e quando as pessoas começam a agir assim nos relacionamentos? (Mas, claro, desde que esse relacionamento exista ou tenha chegado a existir) Com um amigo, uma paquera, um namorado ou o próprio marido: a felicidade acabou, então a gente parte pra outra? E justo agir assim com outro ser humano?
É fato que em tudo na vida existem altos e baixos, momentos de rir e momentos de chorar, momentos de vitória e momentos de derrota. É assim que o "jogo da vida" funciona.
Nos relacionamentos, esses altos e baixos são ainda mais evidentes. E naturais. É pra superar esses momentos de "baixos" que os casais devem ser, antes de tudo, amigos, companheiros, cúmplices pra se ajudarem a superar aquele momento difícil. Até porque é ilusão achar que num novo relacionamento os mesmos problemas (ou outros ainda piores) não vão aparecer.
A partir do momento em que o ser humano, num momento de dificuldade, troca de parceiro sob o simples argumento de que "o importante é ser feliz", fica claro que o respeito desapareceu. Ou talvez o respeito nunca tenha realmente existido na vida de quem age desta maneira. Nem respeito, nem ética, nem consideração, nem perseverança.
"O importante é ser feliz" é o argumento dos fracos, dos imaturos, daqueles que não têm a coragem ou a força pra reverter uma situação de dificuldade.
Muitas vezes, se um brinquedo se quebrou, é mais fácil descartá-lo e ir até a loja mais próxima e comprar outro novo que vai durar um certo tempo até também se quebrar. Mas essa opção não deveria existir entre seres humanos. Seres humanos não podem ser descartados ou substituídos assim como se fossem coisas, objetos de prazer.
É bastante improvável que uma felicidade conquistada a qualquer custo pode ser boa ou autêntica. Felicidade sem ética e respeito não pode ser felicidade; é apenas uma ilusão: e bem passageira.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Amizade entre homem e mulher.

Eu acredito que é possível existir amizade entre homem e mulher. Isso é algo relativamente novo em minha vida, mas já posso afirmar com certeza que é sim algo possível. Só há bem pouco tempo eu comecei a ter amizades com mulheres. Hoje tenho algumas poucas, mas grandes amigas.
Mas há algumas condições pra que esse tipo de amizade se torne real. Em primeiro lugar, a sinceridade deve reinar nesse relacionamento. A honestidade também. Não deve existir segundas intenções. Não adianta querer ser amigo daquela gostosa que você tá morrendo de vontade de levar pra cama. Isso não é honesto, a amizade não seria sincera. Se o cara sente atração e desejo pela mulher, que tente ser seu namorado ou amante, mas não amigo.
Também não vale aquela história da mulher bonita que vive rodeada de "amigos", como se fossem seus empregados, e que, a cada necessidade dela, fazem fila pra ajudá-la. Claro que esses amigos idiotas estão na esperança, diga-se de passagem - impossível, de levá-la pra cama num momento de carência ou fraqueza. Obviamente, ela nunca iria pra cama com nenhum desses amigos pra não perder justamente o poder e o encanto que os mantêm aos seus pés. Isso também não é amizade.
É comum, e até engraçado, aquelas mulheres bonitas que têm uma amiga feia e encalhada só pra servir de confidente. É seguro porque a amiga feia não oferece qualquer risco e está sempre pronta pra ouvir. E, ao final, ainda faz elogios e vibra com as conquistas amorosas da amiga bonita. Bem conveniente.
A amizade verdadeira é desinteressada. Não importa o sexo dos envolvidos. Amigos são como irmãos. Ou até mais do que irmãos, pois irmãos simplesmente "acontecem" em nossa vida, mas os amigos a gente escolhe.

terça-feira, 11 de maio de 2010

A gente se conhece de verdade numa viagem.

Eu acredito que uma das melhores oportunidades pra se conhecer alguém de verdade é numa viagem, especialmente nas viagens de férias. E eu não me refiro apenas a paqueras ou namorados, isso também vale para amigos e familiares.
Quando duas pessoas não vivem sob o mesmo teto e a convivência não é tão intensa, alguns aspectos do comportamento e da personalidade podem ser mascarados, mesmo que involuntariamente. No dia-a-dia, as pessoas geralmente passam algumas horas juntas, mas cada um vai pro seu canto quando estão cansados ou de saco cheio de alguma coisa.
Mas, numa viagem, mesmo que de poucos dias, a convivência é intensa, as pessoas ficam juntas praticamente as 24 horas do dia. Aí não tem como disfarçar a intolerância, as frescuras, a impaciência com atrasos - mesmo que involuntários, a grosseria com o garçom, e outros tipos de comportamentos desagradáveis que surgem numa viagem de alguns dias.
Se, no meio de uma viagem, alguém simplesmente não gostar de alguma coisa ou ficar de saco cheio, nem sempre é possível largar tudo e voltar correndo pra casa. Em alguns casos, a pessoa vai ter que se adaptar àquela situação até o final da viagem e nem sempre ela dá conta do recado. E essa pessoa acaba explodindo, acaba mostrando quem realmente é.
Por isso, numa viagem é possível se iniciar ou se consolidar uma grande amizade ou relacionamento amoroso. Mas também é possível se colocar um fim numa amizade ou num relacionamento. Independentemente do resultado, o legal desse tipo de experiência é que ela nos possibilita descobrir realmente com quem estamos lidando.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mulher que ganha mais que o homem.

Esse é um dos assuntos mais delicados para os homens. Eu arrisco dizer que dez entre dez homens sentem algum tipo de incômodo quando vivem esse tipo de situação. Para a maioria é algo simplesmente inaceitável.
Eu confesso que, apesar do leve incômodo, eu toleraria essa situação. Eu disse que "toleraria" porque eu nunca vivi essa situação. Mas já pensei bastante no assunto.
Claro que esse é o tipo de assunto que envolve muitos detalhes. As circunstâncias podem variar bastante. Depende do tipo de relacionamento, da seriedade empregada, do que se busca. Outra coisa bem importante é o "tamanho" da diferença entre as rendas. Se a diferença for pequena, essa questão pode se tornar irrelevante.
Outro detalhe importante é a postura da mulher que ganha mais do que o homem. Se a relação for mesmo importante pra mulher, ela pode agir com sabedoria e colaborar para que o parceiro não se sinta desconfortável com a situação. É questão de postura mesmo, principalmente por parte da mulher.
A parcela de contribuição do homem talvez esteja ligada à sua satisfação profissional e pessoal. Há profissões e situações que estabelecem um certo teto salarial. Ainda que o cara seja o melhor profissional do mercado, o salário dele vai esbarrar nesse teto, que pode ser menor do que o salário da parceira. Isso não significa que o homem não se sinta realizado profissionalmente. Ele pode estar no auge da carreira, ser o melhor profissional e, ainda assim, ganhar menos que ela. Se o homem estiver nessa situação e for bem resolvido com esse assunto não há maiores problemas.
Por outro lado, se o cara não for bem resolvido profissionalmente, ainda que o seu salário nem seja tão inferior ao da parceira, é bem provável que a sitação fique insustentável. Cedo ou tarde, num momento de crise, esse incômodo viria à tona e abalaria a relação.
Essa é só a opinião de um menino. Talvez as meninas pensem diferente.

Namoro pela internet.

Volta e meia a gente ouve histórias de pessoas que se conheceram pela internet, em sites de relacionamentos ou em redes sociais.
Existem algumas histórias de sucesso, mas eu acho que são minoria. Ainda acho esse tipo de abordagem meio arriscada.
Eu confesso que já andei bisbilhotando por sites de relacionamentos. Mas uma das coisas mais complicadas é que a pessoa interessante sempre mora longe. Se já é difícil manter um relacionamento com alguém que mora na sua cidade, imagine só com alguém que mora em outro estado ou país. É ainda mais complicado. E caro, trabalhoso.
No caso das mulheres, eu já ouvi histórias bem interessantes. É incrível como mulher que se dispõe a conhecer alguém pela internet absolutamente nunca encontra alguém interessante em sua própria cidade. Pra elas, parece que isso é regra. O fato de o cara morar longe parece até afrodisíaco.
Eu, pessoalmente, não consigo conceber a idéia de me corresponder com uma mulher que viva no Cazaquistão, por exemplo (quem nasce no Cazaquistão é o que?). Nesse exato momento, ao tentar pensar numa mulher nascida num país com esse nome, eu só consigo imaginá-la de "barba". E "pêlo no peito". Argh!!! Cazaquistão.
Eu ainda prefiro apostar nos relacionamentos que nascem de forma mais simples, perto da gente, como através de um amigo em comum, um colega de trabalho (apesar de que colegas de trabalho são facas de dois gumes), uma pessoa que frequenta a mesma igreja ou clube etc. Ou até mesmo aquela pessoa que você conheceu num barzinho ou balada, algo inesperado. Mas tudo na sua própria cidade. É mais tranquilo, menos trabalhoso e mais seguro. Tô ficando acomodado.
Putz, não consigo parar de pensar na mulher barbuda que vive no Cazaquistão.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Estamos sozinhos e bem.

Mais uma vez eu vou escrever algo que é resultado de conversas com amigos. E também é resultado do que eu estou passando na minha vida atualmente.
Está cada vez mais comum ver pessoas na faixa dos 30, 40 anos vivendo sozinhas. Já era comum em países como os EUA o jovem sair de casa para fazer faculdade e não voltar mais para a casa dos pais, mas isso não era comum no Brasil até há bem pouco tempo atrás.
Muita gente nessa faixa etária até chegou a se casar, mas o casamento foi desfeito e hoje essas pessoas simplesmente optaram por viver sozinhas. Obviamente, não significa que essas pessoas se sintam solitárias. Apenas se adaptaram a esse estilo de vida. E isso tem sido mais comum ainda entre as mulheres, que a cada dia mais conquistam o seu espaço no mercado de trabalho e sua independência e autonomia, sem precisar depender de um homem outrora visto como mantenedor ou parceiro, papel que era ocupado pelo marido ou namorado.
Isso me deixava intrigado e eu passei a perguntar a alguns amigos porque viviam assim. As respostas foram parecidas e acabam se encaixando com o que eu sinto em relação à minha vida.
Quando alguém chega nessa idade e já atingiu uma certa independência e autonomia profissional, financeira, emocional e, por qualquer circunstância, nesse momento essa pessoa não está em um relacionamento, as chances de se entrar num novo relacionamento começam a diminuir drasticamente. Geralmente, alguém com esse perfil já se tornou bem mais exigente e seletivo do que quando era dez anos mais jovem. Com a experiência de vida, essa pessoa tem muito mais condições de se policiar e não se permitir entrar numa "roubada".
Imagine alguém, homem ou mulher, nos seus trinta e poucos anos, que já tem o seu apartamento, o seu carro, dinheiro pra se vestir bem, pra sair e viajar. Alguém acha que essa pessoa vai se dispor a entrar num relacionamento no qual esse "padrão" não possa ser ao menos mantido? Ninguém quer sair da sua zona de conforto. Não existe carência afetiva que leve alguém a trocar todas essas "conquistas" pessoais apenas pra estar com alguém. Não vale a pena o risco.
Tem mais um detalhe interessante: nos momentos de solidão, as pessoas que vivem sozinhas podem recorrer a internet, TV a cabo, podem se reunir pra cozinhar e beber com os amigos. Quer dizer, só fica sozinho se quiser.
Por isso, atualmente, muita gente hesita em se relacionar. Ninguém quer se arriscar. É mais seguro e tranquilo ficar quietinho em casa e sozinho. Até porque há muitas histórias de gente que se arriscou e se deu mal.
Coisas desse mundo moderno.

Você gosta da "idéia" de estar com alguém ou você gosta desse "alguém"?

Uma vez uma amiga me perguntou se eu curtia a "idéia" de estar com alguém ou curtia, de fato, esse "alguém". Tem diferença. Sim, relacionamentos são complicados.
Muitas vezes, quem aprecia a simples idéia de estar com alguém o faz muito mais pelo medo de ficar sozinho, do que por aquilo que sente por aquela pessoa. Às vezes os valores e as intenções não estão bem claros e definidos.
Mas também é possível encarar a questão de uma maneira mais simples e otimista. Quem decide se relacionar com outra pessoa, num namoro ou amizade, se predispõe a estar com alguém, se dispõe a não mais caminhar sozinho. Obviamente, já pode se dizer que essa pessoa já "curte" essa idéia. Esse é o primeiro passo.
No caso de um relacionamento amoroso, por exemplo, o segundo passo, depois de simplesmente se apreciar a "idéia" de estar com alguém, é começar a gostar desse "alguém", se apaixonar por essa pessoa e, finalmente, aprender a amar essa pessoa.
Por isso, é importante se policiar e discernir o que está sentindo. Se for apenas medo ou receio de ficar sozinho, caia fora desse relacionamento e vá tentar "curtir essa idéia" com outra pessoa.
Por outro lado, se, além de curtir a idéia de estar com alguém, você também curte esse alguém de verdade, vá correndo comprar as alianças e seja feliz!!!

A grama do vizinho é mais verde?

Traduzindo um post que a Stella, uma amiga canadense, colocou no facebook:
"A grama não é mais verde no quintal do vizinho; ela é mais verde onde você a regar".

Homem chegando aos 40.

Uma vez eu ouvi o Nelson Mota dizer que todo homem, quando completa 18 anos, deveria namorar uma mulher de 40 por um mês para aprender a viver.
Mas e quando o homem chega aos 40, o que ele deveria fazer? Namorar uma mulher de 18 para reaprender a viver?

A gente pensa, mas não tem coragem de falar.

Certa vez eu estava compartilhando algumas "idéias absurdas" com uma pessoa próxima a quem eu sempre respeitei muito, e com quem eu sempre conversei bastante desde pequeno. Eu falava, questionava, refletia, fazia suposições etc. E ela tinha o costume de me ouvir quieta, mas sempre prestando muita atenção. Não costumava opinar.
Nesse dia, pra minha surpresa, ela começou a chorar. Eu estranhei aquela reação, e ela me disse: "eu tenho as mesmas dúvidas, os mesmos conflitos, os mesmos medos que vc, mas nunca tive coragem de falar".
Eu acho que a grande maioria dos seres humanos sente e pensa da mesma maneira. Com seus medos, suas dúvidas, seus conflitos. Mas poucos se arriscam a falar, a compartilhar. Talvez por medo de não serem compreendidos ou aceitos. Mas esses sentimentos, pensamentos e medos estão lá guardados, e isso ninguém pode negar.

A gente age por conveniência.

"A gente só vê, ouve e aceita o que a gente quer. E do jeito que a gente quer".
Jogo de cintura? Mecanismo de defesa? Diplomacia? Fuga? Não importa. É fato.
As pessoas agem por conveniência. Simplesmente fecham os olhos pra aquilo que não querem enxergar ou aceitar. Ou chegam até a enxergar algo que não existe. Idealizam situações e pessoas. Mas nada que passe perto da realidade.
Às vezes, passado um tempo, enxergamos alguém de forma diferente. Imaginamos que aquela pessoa mudou, evoluiu, está diferente, mais bonita, mais amável ou mais inteligente.
A gente custa a admitir mas, na maioria das vezes, a mudança ocorreu em nós mesmos. Nós é que mudamos, crescemos, amadurecemos. E passamos a ver o mundo e as pessoas de uma outra forma. Muitas vezes, mais otimista. Graças a Deus.

Mulheres e os "curva de rio".

Estamos de saco cheio de ouvir mulher dizendo que homem não presta, reclamando que só atrai "curva de rio", homem que só quer saber de curtir, que não sabe o que quer. Já deu. E não são só as mulheres bobas ou inexperientes que dizem isso.
Mas, então, quem são essas mulheres? 
A semelhança já começa na situação pessoal de cada uma delas. Muitas estão próximas dos trinta anos, têm curso superior, trabalham, são bonitas, atraentes, se dizem exigentes e seletivas. Mas não conseguem se firmar nos relacionamentos.
Eu fiquei extremamente incomodado com as coisas que já ouvi e comecei a refletir sobre o porquê disso acontecer. E eu me arrisco a dar a minha humilde opinião: imaturidade emocional. Isso mesmo. Doeu, né?!?
Enquanto essas mulheres já atingiram a maturidade na área profissional, financeira, nos relacionamentos familiares e com os amigos - algumas se dizem realizadas inclusive espiritualmente -, infelizmente na vida amorosa e nos relacionamentos elas ainda não alcançaram essa maturidade.
O que acontece com essas mulheres é bem típico. Quando elas conhecem um cara tranquilo e estável, elas o acham sem graça. Perdem o interesse rapidamente.
Então do que elas precisam? Emoção, adrenalina, aventura... Na realidade, precisam de um pouco de insegurança. Pois é. É disso que precisam, e é isso que acabam atraindo.
Elas precisam daquele cara imprevisível. Afinal, que graça tem o cara previsível, que sempre liga no dia seguinte, que manda mensagens no celular, que manda flores, que fala dos seus sentimentos? Acaba parecendo até meio brega, o chamam de grudento.
Elas preferem aquele cara que talvez ligue uma vez; depois some por alguns dias, semanas. Volta a ligar. Depois de uma ou duas semanas, a chama pra sair novamente. Tudo sem a menor segurança ou compromisso. Sabe aquela sensação de dúvida: “será que ele tem outra?”; “será que ele tá saindo com mais alguém?”; “será que ele quer mesmo compromisso?”; “será que ele está mesmo interessado por mim?”. Como se não fosse óbvio que o cara quer apenas curtir. E bem eventualmente, diga-se de passagem.
Engraçado que, no final das contas, todas querem a mesma coisa: paz, tranquilidade, carinho, aconchego, boa companhia, atenção, cumplicidade. Mas, na hora “H”, a coisa desanda e, quando percebem, já estão envolvidas novamente com quem? Mais um “curva de rio”. E a históia se repete.

(Obs: é na "curva do rio" onde o lixo se acumula; por isso alguns utilizam a expressão para se referir a pessoas de caráter duvidoso)